Rúben Guerreiro: um cowboy para a Movistar

Rúben Guerreiro: um cowboy para a Movistar
Créditos: Sprint Cycling Agency

Num WorldTour que o ranking por pontos transformou num duelo digno do faroeste, o empresário Giuseppe Acquadro desviou um cowboy para a Movistar. Rúben Guerreiro, 28, traz poder de fogo à formação de navarra para os próximos três anos.

A presente temporada foi a melhor desde que o atleta do Montijo passou a profissional: 9º no Dauphiné, vitória no Desafio Mont Ventoux e a promessa de um grande Tour de France pela EF Education-Easypost. Os azares acabaram com o sonho de repetir em França a vitória de etapa que conseguiu em Itália no Giro de 2020. Nesse ano o cowboy levou também a camisola dos trepadores.

A Movistar Team é uma equipa que sempre admirei desde pequeno (…) e ter a oportunidade de me unir a eles deixa-me muito feliz e motivado. Quero confirmar as minhas qualidades como ciclista; creio que ainda não atingi o máximo das minhas capacidades e penso que os próximos anos podem ser os melhores da minha vida ciclista. Tenho grandes expetativas para estas próximas três temporadas e gostaria de mostrar o melhor de mim como trepador, tanto lutando pelas grandes Voltas como nas corridas de uma semana como em provas duras de um dia duras como as das Ardenas”, contou Rúben Guerreiro em comunicado da nova equipa.

Sem ter tido a confiança plena da EF para se assumir como líder em três semanas, Rúben Guerreiro entra numa Movistar órfã de Alejandro Valverde e com Enric Mas como líder para o Tour de France. Podemos dizer que se junta a fome com a vontade de comer: “Oxalá possa lutar por fazer boas gerais no Giro de Itália ou na Vuelta a Espanha, duas das minhas corridas favoritas”, afirma o cowboy.

Créditos: Sprint Cycling Agency

Louvado seja o Senhor! A Movistar tem um sprinter

Desde 2016 que um sprinter não vence uma chegada massiva pela Movistar. A vitória de Juan José Lobato no Circuit Cycliste Sarthe - Pays de la Loire marcou um antes e um depois na estrutura de Eusebio Unzue.

Houve tentativas de recuperar um velocista de referência dentro da Movistar com a chegada de Daniele Benatti, mas em três anos o italiano não conseguiu qualquer vitória, tendo aportado experiência, classe e muito terminado como super gregário. O britânico Gabriel Cullaigh ainda menos se fez notar.

Num dia movimentado com três anúncios de transferências, a Movistar confirmou Fernando Gaviria por um ano. A classe do colombiano é inquestionável, mas o rendimento pós-pandemia mostra seis vitórias em três anos. A duração do contrato é reveladora de que a relação será para ir avaliando.

Chega ainda à Movistar o prometedor Iván Romeo, rival ibérico de António Morgado em 2021 quando o espanhol era júnior de segundo ano e o português tinha acabado de chegar à categoria. Romeo, 19, natural de Valladolid, é um excelente projeto de voltista – com especial aptidão para o contrarrelógio – e vem de rodar pela Axeon. Assina até final de 2025 após contribuir para a vitória de Leo Hayter no Giro sub-23.

Louvado seja o Senhor! A Movistar tem um sprinter… e mais um excelente talento multifacetado que faz sonhar a afición.

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